as paredes não falam mais comigo
o telefone não toca
debaixo das cobertas, um abrigo.
passou da meia noite
o silencio sereno lá fora
tictac frenético
lá do quarto mamãe chora.
antes eu tinha medo
da verdade, da escuridão
só que dormia cedo
agora fico curtindo a solidão.
nessas horas não há com quem conversar
eu fico pensando em palavras difíceis
para as paredes ensinar.
eu assito o tempo passar
quero dormir
mas interrompo o calar
deixo um grito sair.
agora não é hora para surto
mas é que pra noite comprida
meu viver é tão curto!
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