enchendo murcilia, dizendo besteira, mascando capim, plantando bananeira.

enchendo murcilia, dizendo besteira, mascando capim, plantando bananeira.

domingo, 11 de julho de 2010

atrás de um sorriso amarelo

revistas e livros em cima da mesa, na geladeira, cachaça da boa. a final da copa na televisão, nomes de amigos na minha lista de contatos do celular, uma câmera nova na minha cama, bem a que eu queria.

para qualquer ser humano normal isso chama-se felicidade.

só que há um vazio, que habita a populção e mora em mim também. é um vazio que não se enche com televisão, com filmes, batatas pringles, comida mexicana, roupas novas, meninos bonitos, festas, bebidas, não se enche no salão de beleza, nem na escola ou nos bares, e também não se enche na igreja ou dentro de um carro chique.

ao tentarmos nos preencher até consgeuimos nos divertir um pouco, mas quando tudo passa, no dia seguinte ou depois do almoço, ou até no segundo seguinte lá está o vazio de novo.

ninguém é inteiramente feliz.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

ontem a noite

as paredes não falam mais comigo
o telefone não toca
debaixo das cobertas, um abrigo.
passou da meia noite
o silencio sereno lá fora
tictac frenético
lá do quarto mamãe chora.
antes eu tinha medo
da verdade, da escuridão
só que dormia cedo
agora fico curtindo a solidão.
nessas horas não há com quem conversar
eu fico pensando em palavras difíceis
para as paredes ensinar.
eu assito o tempo passar
quero dormir
mas interrompo o calar
deixo um grito sair.
agora não é hora para surto
mas é que pra noite comprida
meu viver é tão curto!