enchendo murcilia, dizendo besteira, mascando capim, plantando bananeira.

enchendo murcilia, dizendo besteira, mascando capim, plantando bananeira.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

eu nao como ha tres dias pra ficar bonita pra voce

pro gordinho, pro magrelo, pra fofinha, pro japa, pro negro e pra toda a galera que se sente fraca, oprimida, nao é aceito por causa do corpo, situaçao social ou coisa parecida.
reflita.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

estático ou frenético

hoje é dia de dançar, gritar, arrancar os cabelos. hoje eu to sem medo, acordei toda corajosa, passei o dia falando alto, rindo, correndo, trabalhando, passei o dia agitada. é nesses dias como hoje que o relogio para e derrepente o tempo nem parou, and it makes me smile, afinal, o tempo todo o tempo passa, e a loucura chega, e o natal, e a velhice, e a dor, e o cansaço.
então finalmente eu pisei em casa, o sol foi embora, encostei minha cabeça no sofá e o tempo parou. não parou. mas parecia, sabe areia quando a luz do sol lambe o mar? bem isso. parda, parada, congelada, off.
e então a tentativa de manter um dialogo familiar, mas é pena de morte para quem fala na hora da previsão do tempo lá do jornal nacional. e o silencio durava até a hora do comercial, nem dor nem alegria e nem nada. aquele momento podia durar para sempre, nao durou.
o tempo todo o tempo passa, né

terça-feira, 25 de maio de 2010

lances pessoais

me tornei chata, cansada. eu gosto de vicios, prazeres baratos. as pessoas sao o melhor prazer que existe. voce se diverte, brinca com elas, elas brincam contigo. voce vicia, elas nao. elas viciam, voce nao.

domingo, 23 de maio de 2010

lack of spice


as coisas vão simplesmente acontecendo/morrendo, eu já estou quase conformada.
agora você não fala mais nada, é ocupado de mais, coisas mais importantes pra fazer. mas afinal, o que é importante mesmo? antigamente todo mundo valia muito mais pra todo mundo, as coisas eram divertidas e cada palavra, cada ligação, cada desejo era uma aventura.

as vezes eu penso que tudo ficou assim, sem graça, morno, cansado porque o amor acabou. antes um dia era saudade, hoje um mes é alivio.

mas a palavra que nao sai da minha cabeça é saudade (e novamente medo). tenho saudade de quem eu era, de quem você era e medo que nunca mais sejamos os mesmos. é que a gente tinha esse meio que cordão umbilical que mantém minha alegria e meu medo desse verbo ser mesmo passado.

meu bem, por favor não corte nosso cordão.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

por que é que eu sou assim?


eu tinha tanto medo de enlouquecer, de que esquecessem de mim. pensando bem enlouquecer seria bom e eu adoraria ser esquecida, nunca mais ser mencionada. eu tinha medo de que as coisas não dessem certo e as coisas deram tão errado que não temo quase nada mais. eu vou evitar pensar, me agarrar a atividades variadas, corte, costura, refeições, musica, destruição, insonia, e novamente medo. não consigo escrever se quer uma frase sem mencionar meus medos variados, meus problemas, eu tinha medo de esquecer como falar de coisas alegres, mas isso nunca soube. na verdade, nunca soube falar sobre coisas que nao me assutassem, devo estar aprendendo, afinal agora finjo que sei falar sobre futebol, sobre politica, publicidade, analiso minunciosamente fotografias e anuncios, como se eu soubesse alguma coisa, falo sobre maquiagem, bebidas, moda, opino sobre coisas que nem se quer sei o que significam. eu finjo que gosto de conversar sobre assuntos mornos para me descontrair, afinal, mentir para as pessoas que elas são legais ou que estão certas é realmente divertido. e eu tenho medo de falar a verdade e eu uso virgulas em excesso, mas também finjo que sei escrever, que sou culta, digo por ai que gosto de portugues, que sei falar, eu saio por ai falando ingles, fazendo comentarios inteligentes em frances que de nada me alegram. não gosto de muitas pessoas, e as que gosto não gostam muito de mim já que as chateio com historias desesperadas, são meus amigos, amigos que eu amo, amigos que tenho medo de perder como qualquer um teria, são amigos que respondem meus textos com sílabas, cartas com sorrisos, meus amigos são aqueles que fazem silencio ou gritaria comigo, meus amigos nao sao mornos, sao amigos quando tem vontade, mas é porque meus amigos sabem se controlar. eles não mentem pra mim, eu sim. somos diferentes. eu tenho medo, eu sou livre, eles limitados, eles nada temem, vinte e cinco gramas, por favor, meu irmão, só pra espantar o medo e sorrir pros amigos.